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Futuro sustentável e floresta em pé motiva intercâmbio entre Mato Grosso, Acre e Rondônia‏

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Representantes da COOPAVAM, AMCA e indígenas de 4 etnias de Mato Grosso, RECA (RO) e COOPERACRE ( AC), estarão reunidos entre os dias 2/08 a 03/09 nos municípios de  Nova Califórnia – RO, Rio Branco e Xapuri – AC, para um intercâmbio que possibilitará a troca de informações acerca das cadeias produtivas de alimentos sustentáveis nesses três estados, no âmbito de três projetos apoiados pelo Fundo Amazônia e que estas organizações desenvolvem.

Este encontro tem grande importância, pois, reúne essas quatro potências no quesito negócios sustentáveis e atividades econômicas que preservam a floresta e produzem alimentos saudáveis. Debater estes temas tem sido bastante apropriado neste momento, onde diversos estudos comprovam os problemas causados pela utilização excessiva de agrotóxicos na produção de alimentos no Brasil. Segundo estudo elaborado pelo IBGE em 2015 – entre 2002 e 2012 a comercialização de agrotóxicos aumentou 155% em dez anos no Brasil. O número apresentado neste estudo é considerado preocupante porque 64,1% dos venenos aplicados em 2012 foram considerados como perigosos e 27,7% muito perigosos. Para reverter este quadro, o Inca – Instituto Nacional do Câncer recomenda o fim da pulverização aérea dos venenos, o fim da isenção fiscal para a comercialização dos produtos e o incentivo à agricultura orgânica, que não usa agrotóxico para o cultivo de alimentos, como é o caso dos trabalhos desenvolvidos pelas quatro organizações que irão intercambiar tecnologias.

A ideia de promover um intercâmbio surgiu no mês de julho, durante a I Oficina de Intercâmbio de Experiências entre Projetos de Atividades Produtivas Sustentáveis do Fundo Amazônia. Segundo Paulo Nunes, coordenador do Projeto Sentinelas da Floresta (realizado pela Coopavam com apoio do Fundo Amazônia), participar da Oficina em julho, foi importante não apenas para divulgar seus resultados para um grupo seleto de 80 organizações, mas também de conhecer e trocar experiências com equipes de outros projetos apoiados pelo Fundo.

Nunes explica que foi em uma destas conversas que surgiu a oportunidade de levar um grupo representando indígenas e agricultores participantes do Sentinelas da Floresta para conhecer os trabalhos da Cooperacre e do Reca, ambos com projetos apoiados pelo Fundo Amazônia e que trabalham no desenvolvimento da cadeia de valor da castanha do Brasil, no Acre e em Rondônia, respectivamente.

O Projeto Sentinelas levará cerca de 40 pessoas ( 24 indígenas das 4 etnias participantes do PSF, 12 pessoas entre Amca e Coopavam e mais 4 técnicos PSF). A expectativa é que cada instituição apresente o que de melhor tem a oferecer em produtos e também em experiências para um futuro onde a alimentação seja produzida sem a contaminação do meio ambiente e sem prejuízos à saúde de quem os consome. O Sentinelas da Floresta, por exemplo, é considerado um case de sucesso no tema de Estruturação de Cadeias Produtivas: Experiências exitosas com logística e comercialização. A Cooperacre por sua vez, é uma central que congrega 36 Cooperativas e Associações espalhadas em 14 municípios do Estado do Acre e atende direta e indiretamente mais de 4.000 famílias extrativistas. Já o Projeto Reca – Reflorestamento Econômico Consorciado Adensado, tem implantados mais de 3.200 ha de SAF (Sistemas Agroflorestais) onde há mais de 40 espécies frutíferas e florestais, como cupuaçu, pupunha, castanha do Brasil, açaí, bacaba, patoá, cedro e mogno.

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Governo assina ordem de serviço para início das obras do Módulo I da ZPE

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Guilherme Blatt | Sinfra-MT

O Governo de Mato Grosso assinou nesta segunda-feira (17.07) a ordem de serviço para o início da execução das obras de Infraestrutura do Módulo I do Loteamento da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) em Cáceres. A obra está orçada em R$ 25.160.823,64 e tem um prazo de conclusão de 450 dias.

A ZPE tem uma área de aproximadamente 240 hectares e está dividida em cinco módulos, que são os locais onde as empresas se instalarão. O Módulo I é justamente o que fica localizado mais próximo da área administrativa, primeira etapa da obra, que está sendo concluída pelo Governo do Estado.

No local, situado na Avenida dos Ramires, serão realizadas obras de drenagem, terraplanagem, asfalto, esgoto, abastecimento de água e iluminação. Os serviços vão garantir a infraestrutura necessária para que as empresas possam se instalar na ZPE.

As obras são realizadas em uma parceria entre a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec-MT), responsável pelos recursos, e Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra-MT), que licitou a obra. Os trabalhos serão realizados pelo Consórcio LCM/Minas Pará.

“Os módulos são onde as empresas vão efetivamente se instalar. Essa era uma obra aguardada por todos os mato-grossenses desde 1990. Conseguimos dar um encaminhamento a este projeto”, afirma o secretário de Estado de Infraestrutura, Marcelo de Oliveira.

As Zonas de Processamento de Exportação são áreas de livre comércio com o exterior, destinadas à instalação de empresas voltadas para a produção de bens a serem comercializados no exterior. O objetivo é atrair investimentos estrangeiros, reduzir desequilíbrios regionais, promover a difusão tecnológica e aumentar a competitividade das exportações brasileiras.

“A Zona de Processamento impulsionará o desenvolvimento econômico na região de Cáceres, atraindo novos investidores. Vai gerar empregos e reativará economicamente toda aquela região, que tem uma demanda por emprego muito grande, ou seja, a ZPE vai permitir que essa região volte a ser protagonista dentro do desenvolvimento econômico do Estado”, destacou o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda.

Um decreto presidencial instituiu a ZPE em Cáceres em março de 1990, mas as obras só ganharam volume a partir de março de 2020, quando a atual gestão resolveu problemas no projeto para construir a área administrativa.

Foram construídos oito blocos com as unidades administrativas da Zona de Processamento, com uma área total de quatro mil metros quadrados. O investimento nessa etapa da obra é de R$ 15,6 milhões.

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Cáceres e Região

O que é febre maculosa? Conheça sintomas, causas e tratamento

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Da Redação

O Instituto Adolfo Lutz, ligado ao Governo de São Paulo, confirmou que a febre maculosa foi a causa da morte da dentista Mariana Giordano, de 36 anos. Ela e o namorado, o piloto de automobilismo Douglas Costa, de 42, morreram subitamente na última quinta (8), após serem hospitalizados com quadro de febre intensa e fortes dores de cabeça.

O óbito dele ainda é investigado. Nas últimas semanas, o casal havia passado por Campinas (SP) e por Monte Verde, no Sul de Minas. As autoridades investigam ainda uma terceira morte, de uma jovem de 28 anos, que passou pela mesma fazenda que o casal.

O que é a febre maculosa?

     Trata-se de uma doença infecciosa febril aguda. Ela pode causar quadros críticos, com alta probabilidade de morte. A doença recebe esse nome porque provoca febre no paciente, além de ser caracterizada pela presença de manchas vermelhas na pele – as máculas.

     “É uma doença muito grave. Se o médico não cogitá-la e não iniciar o tratamento rapidamente, o risco de morte é alto”, reforça o infectologista Marcelo Simão, chefe do serviço de moléstias infecciosas do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).

     Para ter ideia, no ano passado, foram confirmados 62 casos de febre maculosa no Estado de São Paulo, sendo que pelo menos 44 pacientes morreram (letalidade de cerca de 75%). Em três casos, não foi notificada a evolução do quadro clínico do paciente e, em outros 15, foi registrada a cura.

Qual a relação da doença com o carrapato-estrela?

     Essa espécie, uma vez infectada pela bactéria Rickettsia rickettsii, é a responsável por transmitir a febre maculosa. O carrapato-estrela tem como principal hospedeiro a capivara, animal que vive em áreas de banhados e beiras de rios. Bois e cavalos também podem ser portadores de carrapato-estrela infectado.

     Para ocorrer a transmissão da doença, o carrapato infectado precisa ficar pelo menos quatro horas fixado na pele da pessoa, segundo o Ministério da Saúde. O problema é que os micuins – carrapatos jovens e pequenos – também são transmissores e são difíceis de serem vistos a olho nu. Não existe transmissão da doença de pessoa para pessoa.

Sintomas da febre maculosa

    A doença começa de forma repentina com um conjunto de sintomas semelhantes aos de outras infecções: febre alta, dor no corpo, dor da cabeça, falta de apetite e desânimo.  “Nesse momento, é comum confundir a febre maculosa com outras doenças, como leptospirose e dengue”, informa Marcelo Simão.

     Depois, aparecem pequenas manchas avermelhadas que crescem e se tornam salientes. Essas lesões, parecidas com picadas de pulga, tendem a provocar pequenas hemorragias sob a pele.

     É essa manifestação que, segundo o consultor da SBI, serve de principal alerta para a febre maculosa. “Esse sintoma surge porque a bactéria causadora da doença ataca os vasos sanguíneos. Eles se rompem, e acontece a hemorragia”, descreve.

     As manchas vermelhas aparecem em todo o corpo, incluindo a palma das mãos e a planta dos pés. Os sintomas levam, em média, de sete a 10 dias para surgirem. Mas cabe lembrar que há pessoas que podem ser assintomáticas.

Como é o diagnóstico da febre maculosa?

     Diante das queixas do paciente – como febre alta, dores e, sobretudo, erupções vermelhas na pele – e dos relatos sobre áreas visitadas e eventuais picadas de carrapato, o médico precisa desconfiar da febre maculosa e solicitar um exame de sangue.

    De acordo com Simão, é importante que o médico procurado – na maioria das vezes, um clínico geral – consulte um colega infectologista, que certamente pensará na possibilidade da febre maculosa. “É a área dele”, diz. “Às vezes, médicos de outras especialidades não conhecem ou não lembram dessa doença. Só que ela evolui muito rápido”, acrescenta.

Qual é o tratamento para a doença?

     O tratamento deve ser iniciado rapidamente e é feito à base de antibióticos específicos: é possível usar a doxiciclina ou o cloranfenicol. Se houver demora para começar o tratamento, há sérios riscos de que os medicamentos não surtam mais o efeito desejado.

Como evitar a febre maculosa?

     A primeira orientação é entender se você está visitando uma área conhecida por ter bastante carrapato-estrela. De acordo com o consultor da SBI, hoje, no Brasil, as regiões mais preocupantes nesse aspecto são o entorno de Campinas e Belo Horizonte, além do interior do Rio de Janeiro.

     “Quem for andar em uma dessas áreas, precisa usar botas e colocar a calça por dentro do calçado, porque aí o carrapato não tem como se fixar na pele” aconselha o médico.

Para facilitar a visualização dos carrapatos, o ideal é priorizar roupas claras ao entrar em locais de mato. Fora isso, é essencial sempre verificar o corpo para confirmar se não há um carrapato grudado na pele.

Existe uma época mais perigosa para pegar a febre maculosa?

     Embora não seja uma doença sazonal, a febre maculosa é mais comum entre os meses de junho e novembro, período em que predominam os micuins.

Quem pode pegar a febre maculosa?

     Qualquer pessoa que estiver em área endêmica, e com a pele exposta. “Se você for picado, não demore a procurar um médico para receber orientações”, reforça Simão. Ainda de acordo com ele, existem técnicas para desgrudar o carrapato do corpo. “Não dá para fazer de qualquer maneira”.

Por – THAIS MANARINI E JOSE MARIA TOMAZELA
Estadão Conteúdo

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